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Carris e Museu Hipólito promovem debate sobre Lupi

18/09/2014 08:04:25

Foto: Divulgação/PMPA
Mesa redonda começa às 18h no Museu Hipólito José da Costa

Mesa redonda começa às 18h no Museu Hipólito José da Costa

“Podes entrar, a casa é tua” é o nome da mesa redonda sobre Lupicínio Rodrigues que será realizada pela Carris e o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa na celebração do centenário de nascimento do compositor. O evento ocorre na sede do museu (rua dos Andradas, 959) nesta quinta-feira, 18, e traz como debatedores o jornalista e coordenador da equipe de Carnaval da Rádio Gaúcha, Cláudio Brito, o jornalista e crítico de música Juarez Fonseca, o filho do compositor da “dor de cotovelo”, Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, e o também jornalista Marcello Campos, que atualmente pesquisa e escreve a biografia de Lupi. A entrada é gratuita.

A mesa redonda inicia-se às 18h. A partir das 17h, a casa já estará aberta para receber os amigos – a Escola de Samba Imperadores do Samba, que em 1993 foi a campeã do Carnaval de Porto Alegre com enredo sobre Lupicínio Rodrigues, realizará a abertura do evento, na rua, com integrantes da bateria e apresentação de porta-bandeira e passistas. O encerramento do encontro será realizado com apresentação dos músicos integrantes do espetáculo “Lupi, o musical – Uma vida em estado de paixão”: João Vicente (violão 7 cordas), Caio Martinez (voz) e Rafael Rodrigues (cavaquinho e voz). A atividade tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Vida de Lupi – Lupicínio Rodrigues celebrava a boemia e os amores perdidos em suas composições. Nasceu na Ilhota, bairro hoje extinto que era localizado nas proximidades do Teatro Renascença, berço do Carnaval de rua de Porto Alegre. Na juventude, já demonstrava o gosto pelas mulheres e pela noite. Canções como “Cadeira Vazia”, “Esses Moços” e “Felicidade” tornaram-se nacionalmente conhecidas já naquela época, sucessos que viriam a eternizá-lo no imaginário popular como “o poeta da dor de cotovelo”. Sua voz macia e sussurrada era uma novidade naqueles dias, marcados por intérpretes de voz grossa e grave.

Além das mulheres e da malandragem, Lupi amava o futebol. São de sua autoria os versos que compõem o Hino do Grêmio, escrito originalmente como uma homenagem ao cinquentenário do clube. Conta a lenda que foi em dia de partida no Estádio da Baixada, antiga casa do tricolor, que Lupi compôs o trecho “Até a pé nós iremos, para o que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos com o Grêmio, onde o Grêmio estiver!”. Lupi estaria no Bar Copacabana enquanto a multidão seguia uniformizada, carregando bandeiras pelas ruas, caminhando, já que Porto Alegre enfrentava uma greve dos bondes da Carris e não havia transporte até o estádio, localizado no atual Parque Moinhos de Vento.

A Carris e Lupi – Foi para tentar afastar Lupi da tendência precoce para a boemia que o pai empregou o rapaz como aprendiz de mecânico na Carris, na década de 20. Vivia-se a época dos bondes, principal meio de transporte da população porto-alegrense por décadas. Lupi tinha a função de empurrar os elétricos para o interior das oficinas quando estes precisavam passar por reparos. Evidentemente, o plano do pai não deu certo, o gosto pela vida noturna continuava e Lupi deixou a função na Companhia pouco tempo depois. Carris homenageou o ilustre colaborador com a criação de uma oficina de música que recebeu o nome de “Oficina do Lupi”. O grupo, que tinha integrantes de todos os setores e atividades da Companhia, reuniu-se por cerca de cinco anos e fez várias apresentações.



/carris

Texto de: Fernanda Leal
Edição de: Jandira Davila Feijó
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

                        
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