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Carris resgata histórias na Redenção

30/03/2015 11:11:37

Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Ônibus Memória Carris esteve aberto à visitação no sábado, 28

Ônibus Memória Carris esteve aberto à visitação no sábado, 28

Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Museu itinerante resgata história do transporte coletivo urbano na Capital

Museu itinerante resgata história do transporte coletivo urbano na Capital

A Carris levou sua história até a Redenção neste sábado, 28. O Ônibus Memória Carris esteve de portas abertas a visitantes durante todo o dia nas proximidades do Monumento ao Expedicionário, na rua José Bonifácio, em atividade que integrou as comemorações pelos 243 anos da Capital. O museu itinerante instalado em um monobloco adaptado apresenta peças originais, miniaturas de bondes, ônibus, tíquetes antigos de passagens, fotos e banners, em uma linha do tempo visual que percorre desde os primórdios da Carris, empresa fundada por D. Pedro II durante as celebrações do centenário da cidade de Porto Alegre, até os dias atuais.

“Nos Caminhos da Memória” foi o nome da ação realizada no interior do coletivo. A mostra de depoimentos em vídeo exibiu confissões de experiências de passageiros novos e antigos editadas por tema em uma tevê instalada no interior do Ônibus Memória Carris. Paralelamente à projeção, a equipe realizou a gravação de novos relatos de visitantes sobre suas próprias histórias e memórias e sua relação com a Carris e Porto Alegre. Todos foram convidados a assistir e gravar depoimentos e, assim, registrar suas lembranças de aventuras nos bondes e nos ônibus.

Um dos visitantes do ônibus foi Silvério Figueiredo Gueiral, que chegou a Porto Alegre com dois anos de idade, vindo de Portugal. “Muitos dos parentes do meu pai tinham comércio no Mercado Público, eu pegava muito o bonde Glória e descia no fim da linha, ali no Centro”, contou o engenheiro civil, que atualmente reside na cidade catarinense de Criciúma. “Lembro também de quando começaram a tirar os trilhos das ruas, da reação da população. As pessoas eram contra”, completou.

Já Luiz Carlos Ochagavia da Costa, funcionário público aposentado, recordou o bonde gaiola. “No meu tempo, era só bonde que tinha. Eu usava muito o bonde gaiola. A linha Teresópolis vinha da Pedreira, entrava perto da Igreja, e o fim da linha dele era em frente a uma padaria que tinha perto da praça. Era muito bom, outra época”, elogiou. “Eu tenho 65 anos. Andei de bonde, tróleibus e ônibus. Só não peguei o tempo dos burros”, brincou Costa, referindo-se aos bondes movidos a tração animal característicos da época de fundação da Carris.

O evento integrou as festividades do aniversário de 243 anos de Porto Alegre e foi realizado por intermédio da Unidade de Documentação e Memória da Companhia.



/carris /semana_de_porto_alegre

Texto de: Fernanda Leal
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

                        
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